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TORCHS: o que são e por que a gestante deve ter cuidado com a toxoplasmose

  • Foto do escritor: Raquel Bretas
    Raquel Bretas
  • 19 de ago.
  • 3 min de leitura
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Durante a gestação, os cuidados com a saúde da mãe não beneficiam apenas a mulher, mas também são fundamentais para o desenvolvimento saudável do bebê. Um dos pontos de atenção são as chamadas infecções do grupo TORCHS, que podem causar complicações sérias quando transmitidas da mãe para o feto.

O que são as TORCHS?

O termo TORCHS é um acrônimo usado para lembrar um conjunto de infecções que podem afetar o bebê durante a gestação:

  • T – Toxoplasmose

  • O – Outras infecções (sífilis, varicela, HIV, hepatites, etc.)

  • R – Rubéola

  • C – Citomegalovírus (CMV)

  • H – Herpes simples

  • S – Sífilis (muitas vezes agrupada dentro do “O”, mas também lembrada separadamente devido à importância clínica)

Essas infecções, quando adquiridas pela gestante e transmitidas ao bebê, podem resultar em malformações, atrasos no desenvolvimento, abortos ou complicações neurológicas.

Por que a toxoplasmose merece atenção especial?

Entre as TORCHS, a toxoplasmose é uma das mais conhecidas. Ela é causada pelo parasita Toxoplasma gondii e, quando transmitida para o bebê, pode ter consequências graves.

Se a gestante contrair a doença pela primeira vez durante a gravidez, existe risco de o parasita atravessar a placenta e infectar o feto. Quanto mais precoce a infecção, maior a chance de sequelas.

As possíveis complicações incluem:

  • Aborto espontâneo;

  • Microcefalia (cabeça menor que o esperado);

  • Retardo no desenvolvimento neuropsicomotor;

  • Problemas visuais, como a toxoplasmose ocular (com formação de cicatrizes na retina);

  • Convulsões ou outras alterações neurológicas.

Como a gestante pode contrair toxoplasmose?

A transmissão ocorre principalmente por:

  • Ingestão de carnes cruas ou malpassadas contaminadas;

  • Consumo de frutas, verduras e legumes mal lavados;

  • Contato com água contaminada;

  • Manipulação de terra ou areia sem proteção adequada;

  • Contato com fezes de gatos infectados, especialmente ao limpar a caixa de areia.

Importante destacar: não é preciso afastar os gatos de casa. O risco está em não seguir cuidados de higiene, como usar luvas ao limpar a caixa de areia e garantir que ela seja lavada diariamente.

Como prevenir a toxoplasmose na gravidez?

A prevenção é simples e está muito relacionada a hábitos de higiene. Algumas medidas práticas incluem:

  • Cozinhar bem as carnes antes do consumo;

  • Lavar frutas, verduras e legumes com água corrente e, se possível, deixá-los de molho em solução de hipoclorito;

  • Evitar contato direto com terra sem uso de luvas;

  • Usar luvas ao manusear areia de gatos e higienizar bem as mãos em seguida;

  • Beber apenas água potável;

  • Realizar os exames de pré-natal regularmente, já que a sorologia pode indicar se a gestante já teve contato anterior com a doença ou não.

Diagnóstico durante a gestação

No pré-natal, é comum que o médico solicite um exame de sangue chamado sorologia para toxoplasmose. Ele mostra se a gestante:

  • Nunca teve contato com o parasita → precisa redobrar os cuidados preventivos;

  • Já teve a infecção no passado → possui anticorpos, o que geralmente a protege de novas infecções.

Se houver suspeita de infecção recente, o médico pode pedir novos exames e iniciar tratamento para reduzir o risco de transmissão ao bebê.

Conclusão

As TORCHS representam um grupo de infecções que exigem cuidado especial na gestação. Entre elas, a toxoplasmose merece destaque, já que pode passar despercebida pela mãe, mas ter consequências graves para o bebê.

Por isso, é fundamental que a gestante:

  • siga corretamente o pré-natal;

  • adote hábitos de higiene alimentar e ambiental;

  • converse sempre com seu médico sobre prevenção e exames.

👉 Cuidar de si mesma é cuidar do bebê. A prevenção é a melhor forma de evitar complicações das TORCHS.

 
 
 

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