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Os olhos e o Diabetes

  • Foto do escritor: Raquel Bretas
    Raquel Bretas
  • 13 de ago. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 17 de ago. de 2020


Diabetes mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).


RECOMENDAÇÕES


O tratamento do diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados de uma equipe multidisciplinar (endocrinologistas, oftalmologistas, nutricionistas, ...). Procure seguir as orientações desses profissionais;

A dieta alimentar deve ser observada criteriosamente. Procure ajuda para elaborar o cardápio adequado para seu caso. Não é necessário que você se prive por toda a vida dos alimentos de que mais gosta. Uma vez ou outra, você poderá saboreá-los desde que o faça com parcimônia;

Um programa regular de exercícios físicos irá ajudá-lo a controlar o nível de açúcar no sangue. Coloque-os como prioridade em sua rotina de vida;

O fumo provoca estreitamento das artérias e veias. Como o diabetes compromete a circulação nos pequenos vasos sanguíneos (retina e rins) e nos grandes vasos (coração e cérebro), fumar pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações;

O controle da pressão arterial e dos níveis de colesterol e triglicérides deve ser feito com regularidade;

Medicamentos à base de cortisona aumentam os níveis de glicose no sangue. Não se automedique;

O diagnóstico precoce é o primeiro passo para o sucesso do tratamento. Não minimize seus sintomas. Procure logo um serviço de saúde se está urinando demais e sentindo muita sede e muita fome.


COMO AFETA OS OLHOS?

A retinopatia diabética (RD) é uma doença que afeta os pequenos vasos da retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado principalmente ao TEMPO DE DURAÇÃO do diabetes e ao DESCONTROLE da glicemia. Quando o diabetes não está controlado, a hiperglicemia desencadeia várias alterações no organismo que, entre outros danos, levam à disfunção dos vasos da retina.

É a complicação microvascular mais comum do diabetes, sendo a PRINCIPAL CAUSA DE CEGUEIRA EM ADULTOS DE 20 A 74 anos de idade. Vale destacar que a RD está se tornando cada dia mais comum em diabéticos de todas as faixas etárias.

E o que você pode sentir, principalmente nos estágios mais avançados:



• Manchas na visão;

• Visão embaçada;

• Perda da visão central ou periférica;

• Distorção na visão.



A retinopatia diabética geralmente afeta AMBOS OS OLHOS e se não diagnosticada e tratada precocemente pode levar a cegueira irreversível. No entanto, o aparecimento ou progressão da doença pode ser PREVENIDO pelo controle adequado dos níveis de glicose no sangue.

Desta forma, consultar-se periodicamente com o OFTALMOLOGISTA é fundamental para detectar complicações oculares decorrentes do diabetes e permitir o início dos tratamentos o mais cedo possível, quando as chances de controlar a doença são maiores.

FASES DA DOENÇA


De modo simplificado, tem duas fases.



a) Retinopatia diabética não proliferativa


Características: A retinopatia diabética não proliferativa é o estágio menos avançado da doença. Nesta fase, podem ser encontrados microaneurismas (pequenas dilatações vasculares), hemorragias e vasos sanguíneos obstruídos, fazendo com que diversas áreas da retina fiquem sem suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes (conhecido como isquemia). Estas áreas isquêmicas da retina podem então estimular a formação de novos vasos sanguíneos.

Se a mácula (pequena área no centro da retina responsável pela visão central) não for afetada, este estágio da retinopatia diabética pode não apresentar sintomas ou perda da visão. No entanto, quando o edema macular (inchaço da retina) provocado pelo acúmulo de fluído na mácula estiver presente, a visão pode parecer turva e o risco de perda visual ou cegueira aumenta significativamente.


b) Retinopatia diabética proliferativa


Características: A retinopatia diabética proliferativa é a fase mais avançada da doença, caracterizada pelo aparecimento de novos vasos sanguíneos (também conhecidos como neovasos) na superfície da retina. A principal causa da formação de neovasos é a oclusão dos vasos sanguíneos da retina, chamada isquemia, com impedimento do fluxo sanguíneo adequado.

Os neovasos são frágeis e crescem ao longo da retina sem causar qualquer sintoma ou perda de visão. No entanto, podem romper e liberar sangue, provocando perda de visão severa e até mesmo cegueira. Frequentemente, os neovasos são acompanhados de uma espécie de cicatriz (tecido cicatricial), cuja contração pode levar a outra grave complicação chamada de descolamento da retina.

Entre as razões para a perda de visão na retinopatia diabética proliferativa estão complicações como hemorragia vítrea, descolamento de retina e glaucoma neovascular. Além dessas complicações, cerca de metade das pessoas com retinopatia proliferativa também desenvolve o edema macular diabético. O edema macular diabético é causado por acúmulo de líquido na zona mais “nobre” da retina, a mácula, e é a principal causa de cegueira nas pessoas com diabetes e idade economicamente ativa.


QUER SABER MAIS?


Sei que está em inglês, mas se você sabe, sugiro assistir ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=FyJByXyEQbg. O site do dr. Dráuzio Varella tem uma série de vídeo sobre diabetes: https://drauziovarella.uol.com.br/videos/dicas-de-saude/mecanismo-do-diabetes-dicas-de-saude/ esses em português!


Quer mais dicas??? Que tal esses aplicativos para ajudar no controle da temível doença:


· Glic: com versão em português, costuma ser indicado por médicos Endocrinologistas e nutricionistas Com ele é possível realizar a contagem de carboidratos, insulinas, gerar gráficos e compartilhar pdf com seu médico.


· MySugr: muito usado na Europa e EUA, além das funções parecidas com o Glic, possui “extras” como Diabetes Coach, plano de assinaturas. Ainda disponibilizam o MySugr Academy, um pack de vídeos educativos para quem tem Diabetes Tipo 2,.


· Glico2: mais voltado para o diabetes sem uso de insulina (tipo 2) apresenta com funcionalidades como inclusão das glicemias pré e pós-prandial de todas as refeições (muito bom para o usuário aprender a monitorar a glicemia), lembrete para compra dos medicamentos e alertas, cálculo de IMC, entre outros. Importante: tudo o que o app possui é super importante para quem tem Diabetes Tipo 2 manter a doença controlada.

Conhece alguém com diabetes? Compartilhe este post!! Cuide do seu corpo, seu templo, sua saúde. O maior interessado em você é você mesmo!!!


Um grande abraço!

Referências

1. World Journal of Diabetes. Ocular complications of diabetes mellitus. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4317321/ Acesso em fevereiro de 2017.

2. World Journal of Diabetes. Diabetic retinopathy – ocular complications of diabetes mellitus. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4398904/ Acesso em fevereiro de 2017.

3. NIH- National Eye Institute. Diabetic retinopathy – what should I know. Disponível em: https://nei.nih.gov/sites/default/files/health-pdfs/diabeticretino.pdf Acesso em fevereiro de 2017.

4. American Academy of Ophthalmology. What Is Diabetic Retinopathy? Disponível em: https://www.aao.org/eye-health/diseases/what-is-diabetic-retinopathy Acesso em fevereiro de 2017.

5. Fonte: Willseye 6ª edição, site Dráuzio Varella, site DE OLHO NO DIABETES

 
 
 

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